Parakletos



Parakletos, forma grega que usamos para Espírito Santo.
A palavra grega que foi traduzida como Consolador é PARAKLETOS. Esta palavra é composta de para, que significa "Ao lado de", e de kletos, que significa "Aquele que é chamado". Assim, parakletos significa "Alguém chamado para estar ao lado de outro". parakletos pode ser também traduzida como conselheiro auxiliador, ajudador ou advogado. Em I João 2:1 parakletos foi traduzida como Advogado.


Trataremos do Fruto do Espirito no ´próxiimo topico.



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Como tema dessa Página Parakletos, tudo será sobre ele, o Grande Amigo Espírito Santo
Iremos falar sobre o Fruto do Espírito, continuando o assunto do texto anterior.

O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO é em si como um prezado e desejado fruto.

Introdução – A famosa passagem de Paulo sobre o FRUTO DO ESPÍRITO SANTO é em si como um prezado e desejado fruto. Não somente devemos admirá-lo, senão, também, ingeri-lo e beneficiar-nos dele. Aparece em uma seção da epístola do Apostolo Paulo aos Gálatas, na que explica a maneira correta de usar nossa liberdade e autonomia cristã, mediante o fruto e o caráter cristão (Gl 5.13-26).

 

(Gl 5.19-21) Paulo nos ilustra um maravilhoso contraste do Fruto do Espírito com as obras da carn. É como encontrar uma vide carregada de suculentas uvas, ou uma árvore coberta de maças maduras e vermelhas, em meio a um matagal e brejos, sujos e maltratado. “Numa mudança, o furto do Espírito Santo é Amor, Alegria, Paz, Longanimidade (paciência), Benignidade (amabilidade), Bondade, fidelidade (fé), mansidão (humildade) e Domínio Próprio”, (vv. 22-23).
1. No versículo 22 a palavra “fruto” está no singular, tendo a enfatizar a UNIDADE e a COERÊNCIA da personalidade daqueles que andam no Espírito Santo. Visto que o Espírito os guia e dirige e controla, sua vida é íntegra, curada e abundante. Em contraste, a palavra “obras” ou “feitos” ou “frutos” em (5.19) estão no plural, para fazer ressaltar a falta de organização e estabilidade da vida regida pelos ditames da carne. A vida impenitente se encontra fragmentada e em conflito com ela mesma.

2. Paulo sempre utiliza a palavra “fruto” (karpos) como um substantivo coletivo no singular, exceto em (2 Timoteo 2.6). De modo que não devemos considerar o amor como o único fruto, o qual está descrito em seus diversos aspectos pelas oito palavras que se seguem. Sem dúvida, alguns preferem considerar o furto do Espírito como um ramo com suas uvas individuais, ou como uma laranja com seus diferentes gumes ou seguimentos.

3. Nada demonstra isso mais do que nosso relacionamento uns com os outros. Se cobiçarmos as vanglórias (se nos tornarmos jactanciosos, com ambições excessivas), provocamos e invejamos uns aos outros (Gálatas 5.26). Se formos espirituais (vivendo no Espírito andando no Espírito, vivendo em comunhão ativa com Ele), seremos humildes. Em vez de rebaixarmos nosso próximo, de buscarmos nossa própria vontade, levemos as cargas uns dos outros e sejamos solícitos em restaurar o irmão caído (6.1,2).





                           1. O amor (gr. Αγάπη).O amor ágape é o amor pelo qual Deus nos amou primeiro: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado[” (Rm.5:5). Para que pudéssemos amar com o amor que Ele nos amor.
Esse amor é a base, o fundamento onde todos os outros frutos são edificados. Ninguém pode dizer que tem um fruto e o outro não; o que pode acontecer é que alguns frutos amadurecem mais rápido que outros.
O amor (ágape) nos constrange e leva-nos a agir ao contrário daquilo que a lógica estabeleceu como padrão. (1Co.13) é o exemplo daqueles que nasceram do Espírito: vivem um amor que não busca seus próprios interesses.


                                            
        2. A alegria (gr. Χαρά).Esta alegria não é gerada por elementos externos que produz uma momentânea e falsa alegria, mas é produzida pelo Espírito Santo de Deus que habita naqueles que por Ele foram regenerados (cf. 1Pe.23). Portanto, é uma alegria que não depende das circunstâncias e mesmo diante das labutas do dia-a-dia os filhos de Deus não desanimarão. Esta alegria impulsiona o crente a permanecer firme nas promessas do Senhor ajudando-o a não se desesperar diante das injustiças. Mesmo que choremos e tenhamos fome e sede de justiça há uma alegria imensurável como fonte de água viva que transborda para a vida eterna. Escrevendo aos romanos o apóstolo Paulo ensina: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm.14:17).

3. A paz (gr. Είρήνη).No hebraico paz é shalom: “Então, Gideão edificou ali um altar ao SENHOR e lhe chamou de o SENHOR é Paz” (Jz.6:24). Todos os que andam na presença de Deus desfruta dessa paz. Os israelitas perderam a paz porque não andaram nos caminhos do SENHOR (cf.Jz.6:1).
Na “Nova Aliança”, Cristo é a nossa paz (cf. Ef.2:14),
uma paz que excede todo entendimento (cf. Fp.4:7); porque, como a alegria, a paz não depende das circunstâncias e nem pode ser arrebatada por Satanás. Foi o príncipe da paz que nos deu: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize” (Jo.14:27). Essa paz não significa que seremos tirados da luta e da tribulação que cai sobre toda humanidade. Mas, seremos guardados nessa hora (cf. Ap.3:10). Quem tem essa paz é aprovado no dia da tribulação. Ao contrário do mundo que vive uma angústia eterna.


4. Longanimidade (gr. Μακροθυμία)
Longanimidade é a paciência com que Deus segura Sua ira diante da iniqüidade do homem: “Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição [...]” (Rm.9:22). Portanto longanimidade é a capacidade gerada pelo Espírito Santo no cerne do espírito humano em que ele passa a suportar determinadas afrontas sem se irar. O apóstolo Paulo exorta os colossenses a procederem como eleitos de Deus, cultivando os frutos do Espírito Santo. A longanimidade também se evidencia na capacidade de esperar: “Eis que temos por felizes os que perseveram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg.5:11).
5. Benignidade (gr. Χρηστοτης).
Este fruto do Espírito, segundo muitos comentadores, é o que de maneira maravilhosa reflete mais o amor de Deus para com os outros sem interesses paralelos.
A benignidade evidencia-se na misericórdia e compaixão que exercemos para com o nosso próximo. O mundo age na base do interesse, visando algo em troca principalmente a glória deste mundo. Enquanto aqueles que nasceram de Deus, foram transformados pelo Seu poder já não pensam em amar por algo em troca, como os elogios ou os benefícios que possam advir de tais atitudes.
O maior ato da benignidade do SENHOR foi manifesto em Cristo Jesus para salvar pessoas que não mereciam, mas Ele prova o Seu amor para conosco tendo Cristo Jesus morrido na cruz sendo nós ainda pecadores. Vejamos a Carta do apóstolo Paulo endereçada a Tito:

Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por mós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tt. 3:4-7 – grifo nosso).
6. Bondade (gr. Τοιουτων).Bondade é generosidade em ação para com os outros. Uma pessoa é bondosa quando ajuda os necessitados como no caso do bom samaritano. Somos verdadeiros adoradores de Deus quando quebramos as muralhas das diferenças e só assim passaremos a ser conhecidos como verdadeiros cristãos. Esse fruto do Espírito, atualmente, está sendo pouco cultivado, ou melhor, está sendo negligenciado. Na verdade, sem o conhecimento da palavra de Deus os frutos permanecerão verdes ou levarão muito tempo para amadurecerem. A igreja de Roma é um bom exemplo desse conhecimento, pois o apóstolo diz que eles eram instruídos: “Meus irmãos, eu mesmo estou convencido de que vocês estão cheios de bondade e plenamente instruídos, sendo capazes de aconselhar-se uns aos outros [..]” (Rm.15:14).
Vejamos o que Tiago fala a esse respeito: “De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo: Se um irmão ou irmã estiver necessitado de roupas do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?” (Tg.2:14-16).
“Você pode ver que tanto a fé como as obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras” (Tg.2:19). Como vimos ai está a bondade de Deus que foi derramada em nossos corações pelo Seu infinito amor. Portanto não podemos ser crentes egocêntricos, voltados exclusivamente para nossos próprios interesses. Devemos, pois, nos preocupar com o nosso próximo, quando agimos dessa forma estamos buscando primeiro o Reino de Deus e sua justiça, e com toda certeza, todas as outras coisas nos serão acrescentadas. Se agirmos de outra forma não estaremos evidenciando, através das nossas obras, a ação do Espírito Santo em nosso viver. Como crentes, raquíticos na fé, estaremos, desestruturados, vulneráveis as intempéries desta vida.
É importante salientar que toda boa obra, feita com o objetivo de obter mérito diante de Deus surge de um desejo egoísta daqueles que querem ser elogiados pelos outros. No entanto as obras do fruto do Espírito é um desejo gerado pelo Espírito Santo, por isso, podemos dizer que as obras não somos nós que fazemos, mais Deus quem as faz. Somos apenas instrumentos em Suas mãos a fim de abençoarmos os outros. Somos guiados pelo Espírito a fazer a vontade de Deus.
7. Fé (gr. Πίστις).Esse fruto do Espírito foi dado aos santos (Jd.3) para que eles mantenham a fidelidade, perseverem no dia mal que há de vir sobre todo o mundo, para por a prova os que habitam na terra (cf. Ap.3:10). O apóstolo Paulo disse que o que vence o mundo é a nossa fé. W. Phillip Keller escreveu que a fé impulsiona o crente a vitória:
Ela crê que, para Deus, tudo é possível. Por isso marcha em frente, permanece firme, continua leal, mesmo em meio a reveses e decepções. Essa fé é estável, mesmo em face de experiências abaladoras, pois seu olhar está fixado naquele que é fiel, e não no caos e confusão das circunstâncias que nos cercam (1981: 128).

No mundo secular se você crer em algo significa que você acredita naquilo. E quando se acredita em alguma coisa as pessoas começam a agir harmoniosamente com a fé naquilo que acreditam. Assim como acontece no mundo econômico financeiro, se uma pessoa acredita que determinado investimento irá dar certo ele, com toda convicção, investirá todos seus recursos porque acredita, tem fé naquilo que está fazendo. Assim é com as coisas espirituais, ou se tem fé ou não se tem. Por isso, algumas pessoas ouvem a palavra e não acreditam, porque não têm fé no que ouviram. Elas permanecem incrédulas porque o diabo cegou as suas consciências para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da Graça de Deus. E com toda certeza, ninguém quer vir a Ele para ter vida, a não ser que Ele dê vida aquele que está morto nos seus delitos e pecados. Tudo isso pela ótica bíblica de que a fé é um dom de Deus e que o homem só é salvo por ela. Vejamos o que o apóstolo Paulo diz: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8-9 – grifo nosso).
Fé também significa fidelidade. Somos convidados a ser fiéis até a morte (Ap.2:10). Isso não significa pensar que podemos perder a salvação caso haja infidelidade, pois, trata-se, sem sombra de dúvida de exortação para o crente manter o testemunho (martíria) fiel da palavra de Deus nesse mundo estruturado na injustiça que se levanta contra o SENHOR do céu e da terra.

              8. Mansidão (gr. Πραΰτης).Mansidão no hebraico significa gentileza, humildade, suavidade, brandura (Pv.15:33; 18:12; 22:4; Sf.2:3; Sl.18:35; 45:4). No grego ela tem o mesmo significado (Mt.5:5; 11:29; 21:5; 1Co.4:21; 2Co.10:1; Gl.5:22).
Na medida em que somos transformados de glória em glória na imagem de Cristo, tornamo-nos, cada vez mais, mansos e humildes de coração. Jesus é o grande exemplo: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt.11:29).
Os mansos não são covardes, ao contrário do que se pensa, eles são pacificadores, onde há discórdia eles levam a paz, agem dessa forma porque são cheios do Espírito Santo e procuram, assim como a corsa anseia por água, encherem-se do Espírito de Deus: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef.5:18).
O mundo precisa de pessoas mansas, que dêem testemunho com suas vidas da vitória que Cristo conquistou na Cruz. Agindo assim, Deus é glorificado e exaltado entre as nações. Quem procede dessa forma são os verdadeiros adoradores. Onde estão os mansos da Igreja? Um líder manso é uma pessoa que vive em prol do Reino, ou seja, busca a unidade e o crescimento espiritual dos seus liderados. O mundo é diferente, a arrogância, a prepotência, o individualismo e a auto-exaltação são marcas características do líder mercenário que denigre o Evangelho para adquirir o que o vazio do seu espírito almeja insaciavelmente.
Uma grande característica dos verdadeiros mansos é que eles não se conformam com esse mundo mau e procuram transformá-lo, sem ser pela violência, mas através da paz e do amor de Deus. A transformação acontece pelo testemunho fiel.
9. Domínio Próprio (gr. έγκράτεια).Esta palavra significa autocontrole, domínio próprio, ponto de equilíbrio entre um extremo e outro. O homem guiado pelo Espírito Santo não é um descontrolado, um colérico, mas uma pessoa que diante de uma situação que humanamente falando exige uma atitude enérgica (violenta), o servo de Deus consegue dar a volta por cima e agir com moderação (autocontrole).
Fomos chamados a agirmos com sobriedade: “Mas tu sê sóbrio em tudo [...]” (2Tm.4:5); “E já que está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios [...]” (1Pe.4:7). Por que esse fruto é tão importante em nossas vidas? Muito sal pode prejudicar a saúde; a luz em excesso pode cegar; o fogo sem controle pode destruir. O super crente pode ser uma má influência e levar os irmãos a cometerem os mesmos excessos. O apóstolo Paulo fala à igreja de Corinto, a fim de doutriná-la, que os carismas sem amor são como o bronze que soa (cf. 1Co.13:1). Ali havia um grupo de super crentes e eles achavam-se altamente espirituais porque falavam em línguas, mas, o apóstolo dirigiu-se a eles como a carnais, meninos em Cristo (cf. 1Co.3:1-2). Quando os frutos permanecem verdes não existe o equilíbrio necessário para o funcionamento sadio, não haverá unidade e Deus ama a unidade: “Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós” (Jo.17:11).
                            

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